sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

: Texto

Eu e a insônia

Não sei bem o motivo, mas algumas noites simplesmente parecem impossíveis de serem aproveitadas pelo sono, apenas não durmo, fico aceso como se pudesse normalmente trabalhar, conversar, estudar – como se fosse dia.

O único problema é justamente o dia, o dia seguinte. Minhas maquinações noturnas além de me deixar em péssimo estado, não pagam contas: triste afirmação.

Uma vida condicionada às contas, ao mínimo de dignidade, parece automaticamente excluir devaneios noturnos, experiências poéticas que não irão aflorar meio-dia, reflexões despertas por uma mente inquieta ou por situações sociais rotineiras, mas que incomodam – a intenção talvez seja esta, não permitir que pensemos, que tenhamos tempo para a sensibilidade natural e espontânea.

Minha pequena teoria conspiratória pode facilmente ser confundida com idéias de um vagabundo, preguiçoso, pisciano solitário com a cabeça no mundo da lua, talvez seja isso sim, talvez...inclusive por isso, parece ter todo o sentido.

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