segunda-feira, 30 de julho de 2018

:: poema


O que será que vem à cabeça
Daqueles que me veem aqui

E lá nas minhas redes (anti)sociais

Veem rugas, decriptude e como o
Tempo e a vida fora (in)justos comigo

Vem sempre o desejo de ser eu mesmo
Ainda que seja eu ou qualquer um

Sempre um outro de nós mesmos

Será comprometida ou automática
Alguma entre a primeira e a centésima

Curtida que a uns envaidece e intriga

Será a manifestação tátil de um desejo
Quase trágico de saciar-se com o objeto

Desejado sem tê-lo de fato tocado

Como num sonho onde claro ou Enigmático somos todos limítrofes

Entre inocentes e completos culpados

Me desejam ou me desprezam até
Aqueles e aquelas que já me desejaram

Veem o que querem ou a mim mesmo
Nesta foto em que um momento está
                                              [Estampado

Ignoram, riem ou observam estáticos
Esse qualquer um que brinca de quadro

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