segunda-feira, 13 de outubro de 2008

:: Poema

Saudade

Para Priscila Coronado, "ao invés do rubi de sempre".*


A distância que nos faz mudos
ressalta em partes
a parte que sustenta frágil lembrança.

Não se apreende a saudade
para longe da alma
e apenas a lágrima
(grito em gotas)
alcança e alivia
a dor dentro do inefável.

É justamente quando algo quase perdido
e indolor se faz vivo
na face branca e simples de um sorriso.

* Tomo de empréstimo a dedicatória de José Paulo Paes que, a partir de seu segundo livro, dedicou todos à sua esposa Dora. Priscila não é minha esposa, entretanto, essa dedicatória faz todo sentido.

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