segunda-feira, 12 de abril de 2010

:: Poema

Tenho livros que jamais lerei
não raro perco a fé nos estudos
depois volto a eles como se fossem a única saída
vozes cruzam minha cabeça sem que as distingua
sem que as ouça de fato
são ônibus e motos de escapementos abertos
transitando entre os espaços que separam meus neurônios
mesmo no estado de sono não me recomponho
eu sou caos ao acordar
sou dor
desespero
um rascunho
versos soltos num guardanapo amaçado
poema incompleto que anda

quinta-feira, 8 de abril de 2010

::: Conto (?)


"Não vou tocá-la. Meu tato é limitado. Meus olhos te tem inteira."


::: Conto (?)


"De manhã meu corpo era um rascunho caótico do seu."


::: Conto (?)

Gostava de vê-la nua esperando o amanhecer na janela, fingia dormir,mas observava-a.
Se existisse alguma verdade, pareceria com ela nua, esperando o amanhecer na janela.





sábado, 3 de abril de 2010

::: Conto

Fernanda foi assim: se apresentou, jantou, bebeu umas e outras. Mostrou que tudo é vontade, questão de querer ou não fazer. Quando parecia que ia ficar, partiu.
Alguns sorrisos e abraços, depois, partiu. Não deixou explicações nem desculpas, apenas uma lição, um vídeo e uma saudade que não cabe em 7 letras.