quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

:: Poema



o som da enxada cava
fundo: metal e pedra se estranham
terra revolta

oxigênio

fratura exposta no chão
germes 
           vida
podridão

sangue calos suor
transfusão

vida inteiras à palma da mão

sedimentos
                 células
depósitos de brevidade
de nada
adubando
enriquecendo e nutrindo
solas pés e pão.




2 comentários:

Berto disse...

é meu caro, seguimos uma toada parecida! mais um abraço!

valeria lisondo disse...

Po(ema)tinari