domingo, 22 de fevereiro de 2015

:: poema (?)

o cheiro de orégano nas
pontas de meus dedos e o
ritmo acelerado de meu coração
atestam que você não veio e a janta
ficou fria em cima do fogão
sozinha...
o silêncio e minha fome dialogam 
: eu fico mudo no meio dessa
briga que já não é mais minha

algumas cores algumas músicas algumas
manias minhas não te deixam sair daqui e
talvez por isso não tenha vindo

todas as nossas impossibilidades e todas as
nossas vontades de nada valem de nada 
podem diante desse branco real que cega
emudece e desespera lentamente esse peito
descompassado

Passou o ano novo o carnaval o dia mais importante
do ano e outras datas comemorativas virão

e o silêncio a espera a comida fria estarão aqui
buscando uma fresta uma festa um bloco desafinado de carnaval
uma sidra pra estourar um olho castanho pra cruzar
mirar e arder frio entre pequenos sorrisos na cozinha

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