quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

:: Poema


Confessional  

percebo agora
gestos
que só você
viu.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Para Valéria

galhocadeirabalanço
pássaro embala eu
: espanto


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

:: Poema

Houve um amor (há)
só de um
Valia por cem, duzentos
Valia por mil
Morreu
(pura mentira)
Gritando no silêncio reservado ao nada
Cheio de esperança por ser
Amor
Cheio de nãos e um ou outro
Sim
Carregado de desespero
dor e silêncio
Razão de ser amor
e
fim!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

: Texto

Olhar:

Já há algum tempo, a mesa é metade comida e metade aparo, bagunça. Quando cedeu espaço para bugigangas e burocracias: contas, multas, jornais vellhos e correspondências-sem-sujeitos?


domingo, 9 de janeiro de 2011

:: Poema

Um cogumelo nasceu
Ali
num canto escuro-úmido

triste

Em poucas horas
(sem que fosse notado)
fez-se altivo

Se eu fosse poeta
(tal qual Gullar ou Zé Paulo Paes)

descreveria todo seu ciclo de modo
que forma e conteúdo seriam

o próprio

Como estas mãos não fazem versos
(não sabem)
fica este débil registro

(encanto)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

:: Poema


Fios de prata seguem
lado a lado
no breu da noite